Avisos

No próximo domingo, Solenidade da Santíssima Trindade, a Missa será cantada pelo coral da capela de Santa Luzia ( SP) neste dia após a Missa o regente do coral vai fazer uma palestra sobre canto gregoriano para uma melhor participação dos fiéis na Santa Missa e formação dos grupos que cantam nas Missas.

No dia 11 de junho, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo ( Corpus Christi ) a Santa Missa será às 9 horas e será cantada pela Schola Cantorum São Gregório Magno da catedral São Dimas, após a Missa Haverá exposição e adoração do Santíssimo Sacramento até às 12 horas.

Salve Maria !!!

O Espírito Santo

Do Tratado Sobre a Trindade, de Santo Hilário, Bispo:



O Senhor mandou batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, quer dizer, professando a fé no Criador, no Filho e no que é chamado Dom de Deus.



Um só é o Criador de todas as coisas. Pois um só é Deus Pai, de quem tudo procede; um só é o Filho Unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo, por quem tudo foi feito; e um só é o Espírito, que foi dado a todos nós.



Todas as coisas são ordenadas segundo suas capacidades e méritos: um só é o Poder, do qual tudo procede; um só é o Filho, por quem tudo começa; e um só é o Dom, que é penhor da esperança perfeita. Nada falta a tão grande perfeição. Tudo é perfeitíssimo na Trindade, Pai, Filho e Espí­rito Santo: a infinidade no Eterno, o esplendor na Imagem, a atividade no Dom.



Escutemos o que diz a palavra do Senhor sobre a ação do Espírito em nós: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de compreendê-las agora” (Jo 16,12), “É bom para vós que eu parta: se eu me for, vos mandarei o Defensor” (cf. Jo 16,7).



Em outro lugar: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará uni outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade” (Jo 14,16-17). “Ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anuncia­rá. Ele me glorificará porque receberá do que é meu” (Jo 16,13-14).



Estas palavras, entre muitas outras, foram ditas para nos dar a conhecer a vontade daquele que confere o Dom e a natureza e a perfeição do mesmo Dom. Por conseguinte, já que a nossa fraqueza não nos permite compreender nem o Pai nem o Filho, o Dom que é o Espírito Santo estabelece um certo contato entre nós e Deus, para iluminar a nossa fé nas dificuldades relativas à encarnação de Deus.



Assim, o Espírito Santo é recebido para nos tornar capazes de compreender. Como o corpo natural do homem permaneceria inativo se lhe faltassem os estímulos necessários para as suas funções - os olhos, se não há luz ou não é dia, nada podem fazer; os ouvidos, caso não haja vozes ou sons, não cumprem seu ofício; o olfato, se não sente nenhum odor, para nada serve; não porque percam a sua capacidade natural por falta de estímulo para agir - assim é a alma humana: se não recebe pela fé o Dom que é o Espírito, tem certamente uma natureza capaz de conhecer a Deus, mas falta-lhe a luz para chegar a esse conhecimento.



Este Dom de Cristo está inteiramente à disposição de todos e encontra-se em toda parte; mas é dado na medida do desejo e dos méritos de cada um. Ele está conosco até o fim do mundo; ele é o consolador no tempo da nossa espera; ele, pela atividade dos seus dons, é o penhor da nossa esperança futura; ele é a luz do nosso espírito; ele é o esplendor das nossas almas.

Das Homilias de São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador do Opus Dei:

Cristo permanece na Sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação, em toda a sua atividade. De modo especial, Cristo continua presente entre nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a missa é o centro e a raiz da vida cristã. Em todas as missas está sempre presente o Cristo total, Cabeça e Corpo. «Por Cristo, com Cristo e em Cristo». Porque Cristo é o Caminho, o Mediador. Nele tudo encontramos; fora Dele, a nossa vida torna-se vazia.



Cristo vive nos cristãos. A fé diz-nos que o homem, em estado de graça, está divinizado. Somos homens e mulheres; não somos anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias; mas a divinização envolve o homem todo, como antecipação da ressurreição gloriosa. «Cristo ressuscitou de entre os mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também veio por um homem a ressurreição. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo todos são vivificados» (1Cor 15,20-22).



A vida de Cristo é a nossa vida, segundo o que prometera aos Seus Apóstolos no dia da Última Ceia: «Se alguém Me tem amor, há de guardar a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada» (Jo 14,23). O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando seus os sentimentos de Cristo, de tal modo que possa exclamar com São Paulo: «Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim» (Gal 12,20).