Programação para o Final de Ano

Dia 24/12 - 21hs Santa Missa ( Exposição do Santíssimo a partir das 20 hrs)

Dia 25/12- 9 hrs Santa Missa


Dia 31/12 - 21hs Santa Missa ( Exposição do Santíssimo a partir das 20 horas e apos a Missa Adoração até    aMeia Noite)

Dia 01/01 - 9 hs Santa Miss da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus

Desejamos a Todos um Feliz e Santo Natal e um Prospero 2011


Salve Maria !!!!

Um Deus que se aproxima de nós...

Dos Escritos de Santo Efrém (306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja:

«Eis que o Senhor vai passar. Nesse momento, passou diante dele um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos, mas o Senhor não estava naquele vento» (1Rs 19,11). Em seguida, após o furacão, ocorreram tremores de terra e relâmpagos; Elias percebeu que Deus também não estava ali.
O objetivo destes fenômenos era o de conter o zelo, aliás louvável, do profeta nos limites da sua responsabilidade e ensinar-lhe, a exemplo dos sinais da autoridade divina, que a severidade devia ser temperada com misericórdia. De acordo com o sentido oculto, os turbilhões de vento que precederam a vinda de Deus, os tremores de terra, os incêndios ateados pelos ventos, eram sinais precursores do juízo universal.
«Após o fogo, ouviu-se um murmúrio». Através deste símbolo, Deus refreia o zelo imoderado de Elias. Com isto quer dizer-lhe: «Vês que os ventos impetuosos não Me agradam, nem os terríveis tremores de terra, e que também não gosto dos relâmpagos e dos raios: porque não imitas a doçura do teu Deus? Porque não abrandas um pouco esse zelo que te consome, a fim de te tornares protetor dos homens do teu povo, em vez de seres seu acusador?» O doce murmúrio representa a alegria da vida bem aventurada que será dada aos justos quando, no fim dos tempos, tiver lugar o temível juízo final.
«Após ter escutado este murmúrio, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou de pé à entrada da gruta e eis que uma voz lhe falou: 'Elias, que fazes aqui?' Ele respondeu: 'Sinto um zelo ardente pelo meu Senhor, o Deus dos exércitos, pois os filhos de Israel abandonaram a Tua aliança'». O profeta manteve-se à entrada da gruta, sem ousar aproximar-se de Deus que chegava, e cobriu o rosto, pensando que não era digno de ver Deus. No entanto, tinha perante os seus olhos um sinal da clemência divina e, fato que devia tê-lo tocado ainda mais, passava pessoalmente pela experiência da bondade maravilhosa de Deus nas palavras que Ele lhe dirigia. Quem não ficaria seduzido pela benevolência de uma tão grande majestade, por uma pergunta tão doce: «Elias, que fazes aqui?» 

fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br/

O Tempo do Advento na Forma Extraordinária do Rito Romano

a) Os domingos: são de 1a. classe. Não admitem comemoração, nem solenidade, nem festa, exceto a festa da Imaculada Conceição. As festas de 1a. classe que ocorrerem, são transferidas para a segunda-feira, com comemoração nas II Vésperas do domingo.

b) As férias do Advento: não admitem Missa votiva de 4a. classe, nem a quotidiana dos defuntos.

c) Missa ferial: não há Glória, nem Aleluia.

d) Comemoração da féria: é privilegiada. Faz-se antes de todas as outras em Laudes, Vésperas e em todas as Missas, mesmo cantadas.

e) Prefácio do Advento: deve ser usado em todas as missas no tempo e nas demais missas que não tiverem prefácio próprio. Este prefácio encontra-se no suplemento de alguns missais (edição de 1962). Na falta deste, usa-se o prefácio da Ssma. Trindade aos domingos e, nos demais dias que não tiverem prefácio próprio, o pref. comum.

f) Nos domingos e férias: o órgão só é permitido para acompanhar o canto e proibi-se o uso de flores (salvo no 3o. domingo).

g) A partir da tarde do sábado: fecha-se a solenidade das núpcias. Admoeste-se aos esposos que se abstenham de demasiada pompa.


Fonte: Ordo 2010 - Administração Apostólica São João Maria Vianney

Súplica para o início do santo Advento

A ti, Senhor, elevo minha alma e meus olhos!
No início deste tempo santo de preparação para o Natal do teu Cristo,
Quando tua Igreja santa nos faz pensar no fim e na finalidade de tudo,
A ti, ó Eterno, elevo minha alma, meus olhos, meu afeto, minhas mãos!
Que é o homem, que somos nós, sem elevar os olhos a ti?
Que é este pobre filho de Adão, este tão limitado e quebradiço vaso de pó da terra, sem abrir-se a ti, Infinito, saudade do nosso coração?
A ti, meu Deus, elevo a minha alma – e respiro, e encontro paz, e compreendo que, apesar das mil contradições da existência e dos outros mil perigos do caminho da vida, tudo tem sentido e nossa corrida não é uma corrida em vão...

Confio em ti, Deus fidelíssimo, que prometes sem precisares prometer e, prometendo, não trais jamais;
Pelo contrário, fazes sempre mais que aquilo que prometes!
Confio em ti de todo o meu coração, confio em ti para todos os dias deste novo ano litúrgico que começa, confio em ti por toda a minha vida; a ti quero sempre elevar meus olhos e desejo fazer de minha existência um canto de amor a ti – ainda que, às vezes desafinado e desencontrado...
Assim, ó Senhor Santo e Eterno – Deus único e verdadeiro, saudade da minha alma, paixão do meu coração, sonho de minhas noites tristes, repouso de minhas buscas – assim, que eu não seja desiludido na minha esperança, decepcionado na minha confiança: confio em ti! Não se riam de mim meus inimigos, não se riam de mim a impiedade, a descrença, o materialismo, a mediocridade, o acomodamento no que é raso e sem ideal; não se ria de mim a minha escuridão interior que, às vezes, deseja sufocar a luz de teu Cristo, que fizeste um dia brilhar gozosamente no meu coração!

Ó Deus santo de Israel, ó Sorriso de Abraão, Fortaleza e Luta de Jacó,
Ó Amigo de Moisés, Sustento de Davi, terno Amor de Jeremias,
Ó Três Vezes Santo de Isaías, ó Pureza Esplendorosa de Ezequiel,
Amparo de Jó, Esperança de Qoélet,
Exultação da Virgem Santa,
Sonho do casto José, Zelo de João Batista, alegre Fidelidade de Simeão,
Ó Sustento da Humanidade, Saudade da criação toda,
Ó Paz e Tormento do pobre coração humano,
Eu elevo meus olhos a ti, eu confio em ti,
A ti me entrego e em ti espero:
Que eu não seja envergonhado,
Pois não será desiludido quem em ti espera! 

Fonte:http://costa_hs.blog.uol.com.br/

ROMARIA À APARECIDA

Na próxima segunda- feira dia 15 de Novembro teremos a Santa Missa na Forma Extraordinária em Aparecida no Santuário Nacional. Santa Missa será celebrada pelo Pe. José Henrique na Capela dos Apóstolos Esta Capela fica atrás do nicho onde está a Imagem de Nossa Senhora e seu altar foi sagrado Pelo Papa João Paulo II a Schola Cantorum Bento XVI se unirá à Schola Cantorum São Gregório Magno para cantar esta Missa que será celebrada às 11 horas conforme divulgado no Site do Santuário:

http://www.a12.com/noticias/noticia.asp?ntc=programacao_do_santuario_nacional_final_de_semana_novembro.html


Salve Maria !!!

NOVO BRASAO DO PAPA BENTO XVI

Roma – Se a heráldica é a exata representação visível e codificada de uma realidade, o retorno da tiara pontifícia no brasão de Bento XVI tem um valor simbólico que não pode ser subestimado. Com as suas três coroas, a tiara fala do tríplice poder do Papa: pai dos reis, regente do mundo, vigário de Cristo. Fala do sucessor de Pedro que, na estrutura hierárquica que é a Igreja, é o chefe supremo. O seu primado não está em discussão, as rédeas do governo são , em comunhão com os bispos, suas. No último domingo, durante a recitação do Angelus na Praça de São Pedro, pela primeira vez o novo brasão papal foi apresentado ao público. Para muitos tratou-se de um sinal vigoroso depois que, em abril de 2005, o Papa – que nos prognósticos pré-conclave era visto por todos como “o homem da restauração”, após os anos do vento reformador pós-conciliar – havia exposto o foco de seu programa “político” num brasão de simbologia contraditória: a tiara vinha substituída por uma mitra, considerada pelos especialistas mais carregada de espiritualidade e de um senso de colegialidade e fraternidade com o episcopado. Em 2005, o docente e estudioso da Igreja Giorni Rumi disse: “A tiara era dos tempos das cruzadas. E agora desapareceu, como se marcasse uma maior proximidade dos bispos: estamos de fato no primeiro Papa do novo milênio, existem sinais indicativos de um projeto ou de uma esperança”. Antes mesmo, pois era do tempo de Paulo VI, o Papa que aboliu o uso da sedia gestatória, a tiara não vinha mais endossada por um Papa. Mas permanece o fato de que ninguém, nem mesmo o próprio Montini, ousou retirá-la do próprio brasão. O primeiro foi precisamente o Papa Ratzinger.
Por que Bento XVI o fez? A resposta pode ser dupla. Para alguns, foi a última cartada do cerimoniário pontifício ligado à escola da reforma litúrgica pós-conciliar de Annibale Bugnini; [...] foi ele, dizem, o inspirador “post mortem” de Monsenhor Piero Marini, grande cerimoniário papal no pontificado wojtyliano, em todas as suas inovações litúrgicas: a última, cronologicamente, o brasão sem tiara. Um brasão, dizem os promotores desta versão, que Bento XVI teve de suportar sem poder reagir.
Um brasão desenhado, sob indicação do ofício cerimonial, pelo Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, especialista em heráldica.
Para outros, pelo contrário, tudo é mais simples: a retirada da tiara do brasão foi uma ordem precisa de Ratzinger, que desejava dizer basta aos adereços e aos sinais renascentistas. O sinal de que para ele chegara o tempo de um pontificado “franciscano”, que no brasão recordasse que o Papa é “unus inter pares”: o sonho ainda em vigor de uma colegialidade democrática. Quem é Bento XVI? Em 2005, muitos o descreveram a partir de seu brasão: um Papa bávaro e, como tal, decidido a guardar o patrimônio de identidade se esvaziando das tentações temporalistas. Mas hoje a antiga coroa retornou ao brasão. E diz muito de Bento XVI e de seu pontificado.

Vós sois a luz do mundo.

Dos Sermões de Santo Agostinho (354-430), bispo e doutor da Igreja:

Os apóstolos, meus irmãos, são candeias que nos permitem esperar a vinda do dia de Cristo. O Senhor declara-lhes: «Vós sois a luz do mundo.» E, para que eles não se possam considerar uma luz semelhante àquela da qual foi dito: «Ele era a verdadeira luz que iluminava todo o homem» (Jo 1,9), ensinou-lhes imediatamente qual é a verdadeira luz. Depois de lhes ter anunciado: «Vós sois a luz do mundo», prosseguiu: «Não se acende a candeia para colocá-la debaixo do alqueire.» Chamei-vos luz, diz Ele, mas esclareço: sois apenas uma candeia. Não vos deixeis, pois, levar pelo orgulho, se não quereis ver apagar-se esta cintilação. Não vos coloco debaixo do alqueire, mas coloco-vos em cima do candelabro, para alumiardes tudo com os vossos raios.
Qual é este candelabro que leva esta luz? Vou-vos ensinar. Sede vós mesmos as candeias, e tereis lugar neste candelabro. A cruz de Cristo é um imenso candelabro. Quem quiser brilhar não deve envergonhar-se deste castiçal de madeira. Escutai e compreendereis: o castiçal é a cruz de Cristo.
«Assim brilhe a vossa luz diante dos homens; que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem.» Glorifiquem a quem? Não a ti, porque procurares a glória é quereres apagar-te! «Que eles glorifiquem o vosso Pai que está nos céus». Sim, que eles O glorifiquem, a Ele, ao Pai do céu, vendo a vossas boas obras. Escutai o apóstolo Paulo: «Que nunca eu me glorifique, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo» (Gl 6,14).

"Eu não sou digno!"

Dos Escritos de São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano e Doutor da Igreja:


Deus todo-poderoso e eterno, eis que me aproximo do sacramento do Teu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Doente, venho ao médico de Quem a minha vida depende; manchado, à origem da misericórdia; cego, ao fogo da luz eterna; pobre e desprovido de tudo, ao Senhor do céu e da terra.

Imploro, pois, a Tua generosidade imensa e inesgotável a fim de que Te dignes curar as minhas enfermidades, lavar as minhas manchas, iluminar a minha cegueira, compensar a minha indigência, cobrir a minha nudez; e que assim possa receber o pão dos anjos (Sl 77,25), o Reis dos reis, o Senhor dos senhores (1Tm 6,15), com todo o respeito e humildade, toda a contrição e devoção, toda a pureza e fé, toda a determinação de propósitos e a retidão de intenção que a salvação da minha alma exige.

Permite, peço-Te, que não receba simplesmente o sacramento do Corpo e Sangue do Senhor, mas toda a força e eficácia do sacramento. Deus cheio de doçura, permite-me receber de tal maneira o Corpo do Teu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, este corpo material que Ele recebeu da Virgem Maria, que mereça ser incorporado no Seu Corpo místico e fazer parte dos seus membros.

Pai cheio de amor, permite que eu possa um dia contemplar de rosto descoberto e por toda a eternidade este Filho bem amado que me preparo para receber agora sob o véu que convém à minha condição de viajante. Ele que, sendo Deus, vive e reina Contigo na unidade do Espírito Santo pelos séculos e séculos. Amém.

Ele em tudo, ele é tudo!

Das Cartas de São Paulino de Nola (355-431), bispo:


Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1,8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (2Ts 1,10; Sl 67,36).

Em Abel foi assassinado pelo irmão; em Noé foi ridicularizado pelo filho; em Abraão conheceu o exílio; em Isaac foi oferecido em sacrifício; em Jacó foi reduzido a servo; em José foi vendido; em Moisés foi abandonado e rejeitado; nos profetas foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires foi torturado e assassinado.

É Ele quem, ainda hoje, carrega a nossa fraqueza e as nossas doenças, porque Ele é o verdadeiro homem, exposto por nós a todos os males e capaz de tomar a Seu cargo a fraqueza que, sem Ele, seríamos totalmente incapazes de suportar.
É Ele, sim, é Ele que carrega em nós e por nós o peso do mundo para nos libertar dele; e assim, é «na fraqueza que a Minha força se revela totalmente» (2Cor 12,9). É Ele que em ti suporta o desprezo, é Ele que este mundo odeia em ti.

Demos graças ao Senhor, porque se Ele é posto em causa, também é Ele que recebe a vitória (cf. Rm 3,4). Segundo esta palavra da Escritura, é Ele quem triunfa em nós quando, ao tomar a condição de servo, adquire para os Seus servos a graça da liberdade.

Cristo em nós, a esperança da glória

Dos Escritos de Santa Teresa de Ávila (1515-1582), religiosa, doutora da Igreja:


Usufruía certo dia, estando recolhida, desta companhia que tenho sempre na alma; e pareceu-me que Deus aí Se encontrava, de tal maneira que me recordei daquelas palavras de São Pedro: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16), porque Deus estava realmente vivo em mim.

Esta tomada de consciência não se assemelhava às outras, pois elevava o poder da fé; não se pode duvidar de que a Trindade está na nossa alma com uma presença especial, com o Seu poder e a Sua essência. Espantada por ver tão alta Majestade em criatura tão vil como a minha alma, ouvi estas palavras: «A tua alma não é vil, minha filha, porque foi feita à Minha imagem» (cf. Gn 1,27).

Noutro dia, meditava nesta presença das três Pessoas divinas em mim, e a luz era de tal maneira viva, que não havia dúvida de que ali estava o Deus vivo, o Deus verdadeiro.

Pensei na amargura desta vida, que nos impede de estar sempre em tão admirável companhia e o Senhor disse-me: «Minha filha, depois desta vida não poderás servir-Me como agora. Por isso, quer comas, quer durmas, quer faças outra coisa qualquer, faz tudo por Mim, como se já não te tivesses a ti, mas só a Mim em ti, como proclamou São Paulo (cf. Gl 2,20)».

Assunção de Nossa Senhora

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII



MUNIFICENTISSIMUS DEUS


DEFINIÇÃO DO DOGMA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA EM CORPO E ALMA AO CÉU

Definição solene do dogma



44. "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".

45. Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica.

46. Para que chegue ao conhecimento de toda a Igreja esta nossa definição da assunção corpórea da virgem Maria ao céu, queremos que se conservem esta carta para perpétua memória; mandamos também que, aos seus transuntos ou cópias, mesmo impressas, desde que sejam subscritas pela mão de algum notário público, e munidas com o selo de alguma pessoa constituída em dignidade eclesiástica, se lhes dê o mesmo crédito que à presente, se fosse apresentada e mostrada.


47. A ninguém, pois, seja lícito infringir esta nossa declaração, proclamação e definição, ou temerariamente opor-se-lhe e contrariá-la. Se alguém presumir intentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo.


Dado em Roma, junto de São Pedro, no ano do jubileu maior, de 1950, no dia 1 ° de novembro, festa de todos os santos, no ano XII do nosso pontificado.



Eu PIO, Bispo da Igreja Católica assim definindo, subscrevi

Sede o canto que agrada a Deus!

Dos Sermões de Santo Agostinho (354-430), bispo e doutor da Igreja:



Somos convidados a cantar ao Senhor um cântico novo (Sl 149,1). É o homem novo que conhece este cântico novo.

O cântico é alegria e, se o analisarmos com mais atenção, também é amor. Aquele que sabe amar a vida nova conhece esse cântico novo. Mas também é necessário que estejamos conscientes do que é a vida nova por causa do cântico novo. Tudo isto faz arte do mesmo Reino: o homem novo, o cântico novo, a nova aliança. O homem novo cantará um cântico novo e fará parte da nova aliança

«Eis-me a cantar», dirás. Cantas, sim, tu cantas: estou te ouvindo. Mas toma cuidado para que a tua vida não dê um testemunho contrário ao da tua língua. Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai com a boca, cantai com a vossa conduta, «cantai ao senhor um cântico novo».

Se vos questionais sobre o que deveis cantar Àquele que amais, e procurais louvores para Lhe cantar, «louvai-O na assembleia dos fiéis» (Sl 149,1). O cântico de louvor é o próprio cantor. Quereis cantar os louvores de Deus? Sede o que cantais. Vós sois o Seu louvor, se viverdes bem.


A fé católica sobre o ministério do Papa - I

Primeira Constituição dogmática sobre a Igreja de Cristo


1821. O eterno Pastor e Bispo das nossas almas (cf. 1Pd 2,25), querendo perpetuar a salutífera obra da redenção, resolveu fundar a Santa Igreja, na qual, como na casa do Deus vivo, todos os fiéis se conservassem unidos, pelo vínculo da mesma fé e do mesmo amor. Por isso, antes de ser glorificado, rogou ao Pai não só pelos Apóstolos, mas também por aqueles que haviam de crer nele através das palavras deles, para que todos fossem um, assim como o Filho e o Pai são um (cf.Jo 17,20s). Por isso, assim como enviou os Apóstolos que tinha escolhido do mundo, conforme tinha sido ele mesmo enviado pelo Pai (cf. Jo 20,21), da mesma forma quis que até a consumação dos séculos (cf. Mt 28,20), houvesse na sua Igreja pastores e doutores. Mas, para que o próprio episcopado fosse uno e indiviso, e pela coesão e união íntima dos sacerdotes toda a multidão dos crentes se conservasse na unidade da mesma fé e comunhão, antepondo S. Pedro aos demais Apóstolos, pôs nele o princípio perpétuo e o fundamento visível desta dupla unidade, sobre cuja solidez se construísse o templo eterno e se levantasse sobre a firmeza desta fé a sublimidade da Igreja, que deve elevar-se até ao céu. E como as portas do inferno se insurgem de todas as partes de dia para dia com crescente ódio contra a Igreja divinamente estabelecida, a fim de fazê-la ruir, se pudessem, Nós julgamos necessário para a guarda, para a incolumidade e para o aumento da grei católica, após a aprovação do Concílio, propor a crença dos fiéis a doutrina sobre a instituição, a perpetuidade e a natureza do santo primado Apostólico, no qual reside a força e a solidez de toda a Igreja, segundo a fé antiga e constante da Igreja universal, proscrevendo e condenando os erros contrários, tão perniciosos a grei do Senhor.

Cap. I – A instituição do primado apostólico em S. Pedro

1822. Ensinamos, pois, e declaramos, segundo o testemunho do Evangelho, que Jesus Cristo prometeu e conferiu imediata e diretamente o primado de jurisdição sobre toda a Igreja ao Apóstolo S. Pedro. Com efeito, só a Simão Pedro, a quem antes dissera: Chamar-te-ás Cefas (cf. Jo 1,42), depois de ter ele feito a sua profissão com as palavras: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo, foi que o Senhor se dirigiu com estas solenes palavras: Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque nem a carne nem o sangue to revelaram, mas sim meu Pai que está nos céus. E eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E dar-te-ei as chaves do reino dos céus. E tudo o que ligares sobre a terra será ligado também nos céus; e tudo o que desligares sobre a terra será desligado também nos céus (cf. Mt 16,16 ss). E somente a Simão Pedro conferiu Jesus, após a sua ressurreição, a jurisdição de pastor e chefe supremo de todo o seu rebanho, dizendo: Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas (cf. Jo 21,15 ss). A esta doutrina tão clara das Sagradas Escrituras, tal como sempre foi entendida pela Igreja católica, opõe-se abertamente as sentenças perversas daqueles que, desnaturando a forma de governo estabelecida na Igreja por Cristo Nosso Senhor, negam que só Pedro foi agraciado com o verdadeiro e próprio primado de jurisdição, com exclusão dos demais Apóstolos, quer tomados singularmente, quer em conjunto. Igualmente se opõem a esta doutrina os que afirmam que o mesmo primado não foi imediata e diretamente confiado a S. Pedro mesmo, mas à Igreja, e por meio desta a ele, como ministro dela.

1823. [Cânon] Se, pois, alguém disser que o Apóstolo S. Pedro não foi constituído por Jesus Cristo príncipe de todos os Apóstolos e chefe visível de toda a Igreja militante; ou disser que ele não recebeu direta e imediatamente do mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo o primado de verdadeira e própria jurisdição, mas apenas o primado de honra – seja excomungado.

A Igreja, mistério de fé e de amor

A Igreja de Cristo, que somos nós e que nos ultrapassa! Pensar nela de modo apropriado, compreendê-la, exige, antes de tudo, tomar consciência do que professamos com tanta freqüência: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”.


Eis um primeiro dado de grande relevância: a Igreja é objeto de fé! Professar a fé nesta realidade chamada Igreja é antes de tudo reconhecer que ela não se esgota simplesmente naquilo que nossos olhos podem perceber e nossos sentidos contemplar: ela nos ultrapassa, transcende nossa compreensão e percepção!

Se é verdade que ciências tais como a história, a sociologia, a antropologia e até a psicologia podem dizer algo sobre ela, sobre seu caminho no tempo da aventura humana, no entanto, somente na fé poderemos captar sua realidade mais profunda.

Não se pode compreender a Igreja a não ser na Igreja, nela crendo, nela vivendo, por ela sofrendo, dando-lhe nossos esforços, o melhor de nossos sonhos, o mais profundo do nosso afeto - em suma, compreenderá a Igreja quem vive e ama a Igreja! A este propósito são notáveis e comoventes as palavras do testamento de Paulo VI, no final de sua longa existência: “Ó santa Igreja, católica e apostólica, recebe o meu mais profundo ato de amor!”

Ou mesmo as palavras de um cardeal da antiga Cortina de Ferro. Ao perguntarem como se sentia sendo líder de uma Igreja dilacerada pelo marxismo, uma Igreja pela qual ele mesmo podia fazer muito pouco, o bispo respondeu: “Trabalhar pela Igreja é proveitoso; orar pela Igreja é mais proveitoso ainda; sofrer pela Igreja é tudo!”

A Igreja é mistério! Não se pode penetrá-la somente com a inteligência; não se pode medi-la com números, com estatísticas de cúria ou projetos pastorais, não se pode abarcar sua realidade simplesmente com nossa visão, com nossas opiniões, com nossas ideologias! Somente se pode meditar sobre a Igreja sendo Igreja, amando a Igreja, tendo o coração pulsando no ritmo do coração da Mãe Igreja! Eis o sentido profundo da ousadia com que afirmamos: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica!”

Ave, verdadeiro Corpo nascido de Maria!

Meditação do Frei Raniero Cantalamessa, OFMCap, Pregador da Casa Pontifícia.

Há um hino latino, não menos caro que o Adoro te devote à piedade eucarística do católico, que ilumina a ligação entre a Eucaristia e a cruz, o Ave verum. Composto no século XIII para acompanhar a elevação da Hóstia na Missa, ele se presta também para saudar a elevação de Cristo na cruz. São apenas cinco versos, carregados, porém, de muito conteúdo:



Salve! Verdadeiro corpo nascido de Maria Virgem!

Verdadeiramente sofrido e imolado pelo homem na cruz.

De teu lado transpassado brotou água e sangue.

Sede por nós o penhor no momento da morte.

Ó Jesus doce, ó Jesus piedoso, ó Jesus, filho de Maria!

O primeiro verso fornece a chave para compreender todo o restante. Berengario de Tours negou a realidade da presença de Cristo no sinal do pão, reduzindo-o a uma presença simbólica. Para tolher todo pretexto a esta heresia, começou-se a afirmar a identidade total entre o Jesus da Eucaristia e o histórico. O corpo de Cristo presente sobre o altar é definitivamente “verdadeiro” (verum corpus), para distingui-lo de um corpo puramente “simbólico” e também do corpo “místico” que é a Igreja.

Todas as expressões que seguiram se referindo ao Jesus terreno: nascido de Maria, paixão, morte, peito transpassado. O autor se prende nesse ponto; abstém-se de mencionar a ressurreição, porque isso poderia fazer pensar, de novo, em um corpo glorificado e espiritual, e, portanto, não suficientemente “real”.

A teologia volta-se hoje a uma visão muito equilibrada da identidade entre o corpo histórico e o eucarístico de Cristo e insiste em seu caráter sacramental, não material (embora real e substancial) da presença de Cristo no sacramento do altar.

Mas à parte desta diferente acentuação, resta intacta a verdade de fundo afirmada no hino. É o Jesus nascido de Maria em Belém, o mesmo que “passou fazendo o bem a todos” (Atos 10, 38), que morre na cruz e ressuscita no terceiro dia, aquele que está presente hoje no mundo, não como uma vaga presença espiritual, ou, como dizem alguns, a sua “causa”. A Eucaristia é o modo criado por Deus para permanecer para sempre o Emmanuel, o Deus Conosco.

Tal presença não é uma garantia e uma proteção só para a Igreja, mas para todo o mundo. “Deus é conosco!” Com o advento de Cristo tudo é transformado em universal. “Deus reconciliou o mundo consigo em Cristo, não imputando aos homens a sua culpa” (2 Cor 5, 19). O mundo inteiro, não uma parte; todos os homens, não só um povo. “Deus é conosco”, ou seja, da parte do homem, seu amigo e aliado contra a força do mal. É o único que personaliza tudo e só a face do bem contra a face do mal. Isto dava força a Dietrich Bonhffer, no cárcere e mesmo na sentença de morte por parte do “poder cativo” de Hitler, de afirmar a vitória do poder bom:

Da força amiga a maravilha envolve

vamos com calma ao futuro.

Deus está conosco de noite e de manhã,

Está conosco em tudo o que nasce.

“Não sabemos, escreveu o papa na Novo millenio ineunte, qual acontecimento que nos reserva o milênio que está iniciando, mas tenhamos a certeza que isso estará firmemente nas mãos de Cristo, o ‘Rei dos reis e Senhor dos senhores’ (Ap 19, 16)” .


Depois da saudação vem, no hino, a invocação: Esto nobis praegustatum mortis in examine, Sede por nós, ó Cristo, penhor e garantia de vida eterna na hora da morte. Já o mártir Inácio de Antioquia chamava a Eucaristia “remédio de imortalidade”, isto é, remédio para nossa mortalidade . Na Eucaristia temos “o penhor da glória futura”:” et futurae gloriae nobis pignus datur”.

Uma pesquisa revelou um fato original: que somos, mesmo entre os crentes, pessoas que crêem em Deus, mas não em uma vida após a morte. Mas como se pode pensar uma coisa desta? Cristo, diz a Carta aos Hebreus, morreu para obter “uma redenção eterna” (Hb 9, 12). Não temporária, mas eterna!

Faz-se objeção que ninguém retornou do outro lado para assegurar que isso existe verdadeiramente e não é, portanto, uma pia ilusão. Não é verdade! Há um que hoje em dia volta do outro lado para assegurar e renovar a sua promessa, se soubermos escutá-lo. Aquele verso ao qual somos direcionados que vem ao encontro da Eucaristia para dar uma amostra (praegustatum!) do banquete final do reino.

Devemos gritar ao mundo esta esperança para ajudar a nós mesmos e os outros a vencer o horror que causa a morte e reagir ao triste pessimismo que se espalha sobre nossa sociedade. Multiplica-se o diagnóstico desesperado sobre o estado da Terra: “um formigueiro que se desmancha”, “um planeta que agoniza”... A ciência traça com sempre maiores detalhes, o possível cenário da dissolução final do cosmo. A terra e os outros planetas se resfriarão, o sol e as outras estrelas se resfriarão, todas as coisas congelarão... Diminuirá a luz e aumentarão no universo os buracos negros... A expansão um dia se exaurirá e começará a contração e ao fim se assistirá ao colapso de toda a matéria e de toda energia existente em uma estrutura compacta de densidade infinita. Acontecerá agora o “Big Crunch”, a grande implosão, e tudo retornará ao vazio e ao silêncio que precedeu a grande explosão, o Big Bang, de quinze bilhões de anos atrás...

Ninguém sabe se as coisas acontecerão realmente assim ou de outro modo. A fé, porém, se assegura que, ainda que assim fosse, não será o fim total. Deus não reconciliou o mundo a si para abandoná-lo ao nada; não prometeu de permanecer conosco até o final do mundo, para depois se retirar, sozinho, no seu céu, no momento em que este fim vier. “Amei-te com amor eterno”, disse Deus ao homem na Bíblia (Jr 31, 3), e as promessas de “amor eterno” de Deus não são como das do homem.

Prosseguindo idealmente a meditação do Ave verum, o autor do Dies irae eleva a Cristo uma tocante oração que neste dia podemos torná-la nossa: ”Recordare, Iesu pie, quod sum causa tuae viae: ne me perdas illa die”: Recordai-vos, ó bom Jesus, que por mim subistes a cruz: não permitais que me perca nesse dia. ”Quarens me sedisti lassus, redemisti crucem passus: tantus labor non sit cassus”: “Ao aproximar-me, sentastes um dia cansado ao poço de Siquém e subistes na cruz para redimir-me: tanta dor não seja em vão”.

O Ave verum termina com uma exclamação direta à pessoa de Cristo: “O Iesu dulcis, o Iesu pie”. Esta palavra que mostra uma imagem excelentemente evangélica de Cristo: O Jesus “doce e bom”, isto é, clemente, compaixão que não quebra a cana rachada e não extingue a chama fumegante (cf. Mt 12,20). O Jesus que um dia disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). A Eucaristia prolonga na história a presença desse Jesus. Esse é o sacramento da não violência!

A imitação de Cristo não justifica, porém, certamente soará agora muito estranho e odioso, a violência que se registra no confronto de sua pessoa. Foi dito que, com seu sacrifício, Cristo deu fim ao perverso mecanismo do cordeiro expiatório, sofrendo ele mesmo as conseqüências. Necessita ser dito com tristeza que tal perverso mecanismo está novamente agindo contra Cristo, em uma forma até agora desconhecida.

Contrariamente a ele se ventila todo o rancor de um certo pensamento laicista pela recente manifestação de aliança entre a violência e o sagrado. Como costuma acontecer no mecanismo do cordeiro expiatório, seleciona-se o elemento mais fraco para aplicar-se contra ele. “Fraco”, aqui, no sentido em que se pode desfazer impunemente, sem correr algum perigo de represália, havendo os cristãos desse tempo renunciado a defender a própria fé com a força.

Não se trata só da pressão para remover o crucifixo dos lugares públicos e o presépio do folclore natalino. São lançados sem parar romances, filmes e espetáculos nos quais se manipula ao bel prazer a figura de Cristo sobre uma quantidade de fantasias e inexistentes novos documentos e descobertas. Está-se criando uma moda, uma espécie de gênero literário.

É sempre presente a tendência de revestir Cristo das roupas da própria época ou da própria ideologia. Mas, ao menos no passado, por quanto discutível, havia causas sérias e de grande alcance: O Cristo idealista, socialista, revolucionário... a nossa época, obcecada pelo sexo, não sabe agora representar Jesus se não como um gay ante litteram ou alguém que prega que a salvação vem da união com o princípio feminino e nos dá o exemplo casando-se com Madalena.

Eles se apresentam como os cavaleiros da ciência contra a religião: uma reivindicação surpreendente a julgar como é tratada nesse caso a ciência histórica! A história muito fantasiosa e absurda vindo cobrar e beber de muitos como se tratasse de história verdadeira, ao invés disso, da única história finalmente livre da censura eclesiástica e tabu. “O homem que não crê em Deus está pronto a crer em tudo”, disse alguém. Os fatos estão dando razão.

Especula-se sobre a ressonância vastíssima que tem o nome de Jesus e sobre o que isso significa para grande parte da humanidade, para assegurar-se uma certa popularidade e boas vendas ou fazer sensacionalismo, com mensagens publicitárias que abusam dos símbolos e imagens evangélicas. (Aconteceu recentemente com a imagem da Última Ceia). Mas isto é parasitismo literário e artístico!

Jesus é vendido de novo por trinta denários, escarnecido e revestido de fantasias como no pretório. (Em um espetáculo transmitido em janeiro passado em uma televisão estatal européia Cristo aparecia na cruz recoberto com uma fralda de criança!). E depois eles se escandalizam e reclamam da intolerância a da censura se os crentes reagem enviando cartas e telefonemas de protesto aos responsáveis. A intolerância do tempo mudou de campo no Ocidente: da intolerância religiosa passou-se à intolerância da religião!

“Ninguém, argumenta-se, tem o monopólio dos símbolos e das imagens de uma religião”. Mais ainda que os símbolos de uma nação --o hino, a bandeira-- são de todos e de ninguém; É por isso que se pode escarnecer e se desfrutar ao bel prazer?

O mistério que celebramos neste dia nos proíbe de abandonar-nos a complexos de perseguição e levantar de novo muros ou bastões entre nós e a cultura (ou in-cultura) moderna. Talvez devamos imitar nosso Mestre e dizer simplesmente: «Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem». Perdoa-os e a nós, porque é certamente também por causa de nossos pecados, presentes e passados, que tudo isto sucede e se sabe que freqüentemente é para golpear os cristãos e a Igreja que se golpeia a Cristo.

Permitimo-nos só dirigir a nossos contemporâneos, em nosso interesse e no seu, o chamado que Tertuliano fazia em seu tempo aos gnósticos inimigos da humanidade de Cristo: «Parce unicae spei totius orbis»: não tireis do mundo sua única esperança [4].

A última invocação do Ave verum evoca a pessoa da mãe: «O Iesu filii Mariae». Duas vezes é recordada, no breve hino, a Virgem: ao princípio e ao final. Pelo demais, todas as exclamações finais do hino são uma reminiscência das últimas palavras da Salve Rainha: «O clemens, o pia, o dulcis virgo Maria», Ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria.

A insistência no vínculo entre Maria e a Eucaristia não responde a uma necessidade só devocional, mas também teológica. Nascer de Maria foi, em tempo dos Padres, o argumento principal contra o docetismo que negava a realidade do corpo de Cristo. Coerentemente, este mesmo nascimento testifica agora a verdade e realidade do corpo de Cristo presente na Eucaristia.

João Paulo II conclui uma carta apostólica Mane nobiscum Domine remetendo-se precisamente às palavras do hino: «O Pão eucarístico que recebemos --escreve-- é a carne imaculada do Filho: “Ave verum corpus natum de Maria Virgine”. Que neste Ano de graça, com a ajuda de Maria, a Igreja receba um novo impulso para sua missão e reconheça cada vez mais na Eucaristia a fonte e o cume de toda sua vida».


Ave verum corpus natum de Maria Virgine

Vere passum, immolatum in cruce pro homine

Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine

Esto nobis praegustatum mortis in examine

O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae !

Avisos


Na próxima sexta-feira (11/06), Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Santa Missa será celebrada na forma extraordinária às 19 horas na Capela nossa Senhora De Fátima tambem neste dia celebramos o encerramento do ano sacerdotal.




Dia 13/06 (domingo), memória de Santo Antonio de Pádua, após a Santa Missa haverá benção dos Pães.


Com Ele, nas estradas do mundo, rumo ao céu

Das homilias do Santo Padre Bento XVI:


Na festa de Corpus Christi, a Igreja revive o mistério da Quinta-Feira Santa à luz da Ressurreição. Também a Quinta-Feira Santa conhece uma sua procissão eucarística, com a qual a Igreja repete o êxodo de Jesus do Cenáculo para o Monte das Oliveiras.

Em Israel, celebrava-se a noite de Páscoa em casa, na intimidade da família. Fazia-se assim memória da primeira Páscoa, no Egito da noite em que o sangue do cordeiro pascal, aspergido na arquitrave e nos portais das casas, protegia contra o exterminador.

Jesus, naquela noite, sai e entrega-se ao traidor, ao exterminador e, precisamente assim, vence a noite, vence as trevas do mal. Só desta forma, o dom da Eucaristia, instituída no Cenáculo, encontra o seu cumprimento: Jesus entrega realmente o seu corpo e o seu sangue. Atravessando o limiar da morte, torna-se pão vivo, verdadeiro maná, alimento inexaurível para todos os séculos. A carne torna-se pão de vida!

Na procissão da Quinta-Feira Santa, a Igreja acompanha Jesus ao Monte das Oliveiras: a Igreja orante sente um desejo profundo de vigiar com Jesus, de não o deixar sozinho na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. Na festa de Corpus Christi, retomamos esta procissão, mas na alegria da Ressurreição.

O Senhor ressuscitou e precedeu-nos. Nas narrações da Ressurreição há uma característica comum e fundamental; os anjos dizem: o Senhor "vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis" (Mt 28,7). Considerando isto mais de perto, podemos dizer que este "preceder" de Jesus exige uma dupla direção. A primeira é como ouvimos a Galileia. Em Israel, a Galileia era considerada como a porta que se abre para o mundo dos pagãos.

E na realidade precisamente na Galileia, no monte, os discípulos veem Jesus, o Senhor, que lhes diz: "Ide... fazei discípulos de todos os povos" (Mt 28,19). A outra direção do preceder, por parte do Ressuscitado, aparece no Evangelho de São João, nas palavras de Jesus a Madalena: "Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai..." (Jo 20,17). Jesus precede-nos junto do Pai, eleva-se à altura de Deus e convida-nos a segui-lo. Estas duas direções do caminho do Ressuscitado não se contradizem, mas indicam ao mesmo tempo o caminho do seguimento de Cristo.

A verdadeira meta do nosso caminho é a comunhão com Deus o próprio Deus é a casa com muitas moradas (cf. Jo 14,2s.). Mas só podemos subir a esta morada indo "em direção à Galileia" indo pelos caminhos do mundo, levando o Evangelho a todas as nações, levando o dom do seu amor aos homens de todos os tempos. Por isso o caminho dos apóstolos prolongou-se até aos "confins da terra" (cf. At 1,6s.); assim São Pedro e São Paulo foram até Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, verdadeira "caput mundi" (= cabeça do mundo).

A procissão da Quinta-Feira Santa acompanhou Jesus na sua solidão, rumo à "via crucis". A procissão de Corpus Christi, ao contrário, responde de maneira simbólica ao mandamento do Ressuscitado: precedo-vos na Galileia. Ide até aos confins do mundo, levai o Evangelho a todas as nações. Sem dúvida, para a fé, a Eucaristia é um mistério de intimidade.

O Senhor instituiu o Sacramento no Cenáculo, circundado pela sua nova família, pelos doze apóstolos, prefiguração e antecipação da Igreja de todos os tempos. Por isso, na liturgia da Igreja antiga, a distribuição da sagrada comunhão era introduzida com as palavras: Sancta sanctis (= o que é santo para os santos): o dom sagrado destina-se aos que são tornados santos. Deste modo, respondia-se à admoestação dirigida por São Paulo aos Coríntios: "Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho..." (1 Cor 11,28).

Contudo, desta intimidade, que é dom muito pessoal do Senhor, a força do sacramento da Eucaristia vai além das paredes das nossas Igrejas. Neste Sacramento, o Senhor está sempre a caminho no mundo. Este aspecto universal da presença eucarística sobressai na procissão da nossa festa. Nós levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas estradas da nossa cidade. Nós confiamos estas estradas, estas casas a nossa vida quotidiana à sua bondade. Que as nossas estradas sejam de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! A nossa vida de todos os dias estejam penetradas da sua presença. Com este gesto, colocamos sob o seu olhar os sofrimentos dos doentes, a solidão dos jovens e dos idosos, as tentações, os receios toda a nossa vida. A procissão pretende ser uma bênção grande e pública para a nossa cidade: Cristo é, em pessoa, a bênção divina para o mundo o raio da sua bênção abranja todos nós!

Na procissão de Corpus Christi, acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26,26s.). Não se pode "comer" o Ressuscitado, presente na figura do pão, como um simples bocado de pão. Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Por isso, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei"

Programação Corpus Christi


Na próxima quinta feira 03/06, solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a Santa Missa seguida de Solene Procissão com o Ssmo será ás 9 horas na capela Nossa Senhora de Fátima após a procissão e benção o Ssmo ficará exposto até às 14 horas.

Missa de Nossa Senhora de Fátima

No próximo dia 13 de maio ( quinta-feira ) às 19 horas na capela de Nossa Senhora de Fátima será celebrada a Santa Missa em honra a Nossa Senhora.

Salve Maria !!!

Vede minhas mãos e meus pés!

Dos Sermões de Santo António de Lisboa (1195-1231), sacerdote franciscano e doutor da Igreja:



«Vede as Minhas mãos e os Meus pés: sou Eu mesmo». A meu ver, são quatro as razões pelas quais o Senhor mostra o lado, as mãos e os pés aos apóstolos.

Em primeiro lugar, para mostrar que tinha ressuscitado verdadeiramente e afastar qualquer espécie de dúvida do nosso espírito. Em segundo lugar, para que «a pomba», ou seja, a Igreja ou a alma fiel, fizesse o ninho nas Suas chagas como «nos recessos dos rochedos» (Ct 2,14) e aí encontrasse abrigo contra o gavião que a espreita.

Em terceiro lugar, para imprimir no nosso coração, quais insígnias, as marcas da Sua Paixão.

Em quarto lugar, para nos advertir e nos pedir que tivéssemos piedade Dele e não O trespassássemos de novo com os cravos dos nossos pecados.

Ele mostra-nos as mãos e os pés: «Eis as mãos que vos formaram», diz-nos (cf Sl 118,73): vede os cravos que as trespassaram. Eis o Meu coração, onde nascestes, vós, os fiéis, vós, a Minha Igreja, como Eva nasceu do lado de Adão: vede a lança que o abriu, a fim de que vos fosse aberta a porta do Paraíso, que o Querubim de fogo mantinha encerrada. O sangue que correu do Meu lado afastou este anjo, embotou-lhe a espada: a água extinguiu o fogo (cf Jo 19,34). Escutai com atenção, ouvi estas palavras, e tereis paz em vós.

PROGRAMAÇÃO PARA A SEMANA SANTA




DOMINGO DE RAMOS- 28/03

Santa Missa com Procissão e benção de ramos  às 9:30








QUINTA FEIRA SANTA - IN COENA DOMINI:

Santa Missa: 20h00min


Adoração ao Santíssimo Sacramento até a meia-noite






SEXTA FEIRA SANTA - IN PASSIONE ET MORTE DOMINI:


Via Sacra: 09h00min


Solene Ação Litúrgica: 15h00min

Procissão do Senhor Morto: 21h00min



SÁBADO SANTO

Santa Missa da Solene Vigília Pascal: 20h00min









DOMINGO DE PÁSCOA


Santa Missa: 09h00min

Quarenta dias de combate


Dos Sermões de São Máximo de Turim (sec. V), bispo:


Depois deste tempo consagrado à observância do jejum, a alma chega, purificada e esgotada, ao batismo. Recobra então as forças mergulhando nas águas do Espírito; tudo o que tinha sido queimado pelas chamas das doenças renasce do orvalho da graça do céu. Abandonando a corrupção do homem velho, o neófito adquire uma nova juventude. Através de um novo nascimento, renasce outro homem, sendo embora o mesmo que tinha pecado.

Por meio de um jejum ininterrupto de quarenta dias e quarenta noites, Elias mereceu pôr fim, graças à água que veio do céu, a uma seca longa e penosa na terra inteira (1Rs 19,8; 18,41). Extinguiu a sede ardente do solo trazendo-lhe uma chuva abundante. Estes fatos produziram-se para nos servir de exemplo, para merecermos, após um jejum de quarenta dias, a chuva bendita do batismo, para que a água que vem do céu regue toda a terra, desde há muito tempo árida, dos nossos irmãos do mundo inteiro. O batismo, como uma rega de salvação, porá fim à longa esterilidade do mundo pagão. É, com efeito, de seca e de aridez espiritual que sofre todo aquele que não foi banhado pela graça do batismo.

Através de um jejum do mesmo número de dias e noites, o santo Moisés mereceu falar com Deus, ficar, permanecer com Ele, receber das Suas mãos os preceitos da Lei (Ex 24,18). Também nós, irmãos muito queridos, jejuamos com fervor durante todo este período, para que também para nós se abram os céus e se fechem os infernos.

Salve, cruz do Senhor!

Ofício da Exaltação da Santa Cruz da Liturgia Bizantina:

Salve, ó Cruz vivificadora, troféu invencível de piedade, porta do Paraíso, conforto dos crentes, muralha da Igreja.


Foi por ti que a corrupção foi aniquilada, o poder da morte anulado e abolido, e que nós fomos elevados da terra às coisas celestes.

Tu és a arma invencível, o adversário dos demônios, a glória dos mártires, o verdadeiro ornamento dos santos, a porta da salvação.

Salve, ó Cruz do Senhor, através da qual a humanidade foi liberta da maldição!

Tu és o sinal da verdadeira alegria; quando és elevada, esmagas os nossos inimigos. Nós te veneramos, tu és o nosso socorro, a força dos reis, a firmeza dos justos, a dignidade dos pecadores.

Salve, ó Cruz preciosa, guia dos cegos, remédio dos doentes, ressurreição de todos os mortos.

Tu nos levantaste quando estávamos caídos no lodo. Foi por ti que se pôs fim à corrupção e que a imortalidade floresceu; foi por ti que nós, os mortais, fomos divinizados e o demônio foi completamente esmagado.

Ó Cristo, nós veneramos a Tua cruz preciosa com os nossos lábios indignos, nós, que somos pecadores. Nós te cantamos, a Ti que quiseste deixar-Te pregar nela; e Te pedimos, como o bom ladrão: «Torna-nos dignos do Teu Reino!»

Livraria e Editora Vaticana publica edição do Missal Romano de 1962

A livraria e Editora Vaticana a partir deste mês passou a publicar e distribuir a edição do Missal Romano aprovado em 1962 pelo Beato João XXIII, o Missal pode ser adiquirido no site da editora: http://www.paxbook.com/

A liturgia da Quaresma

Este tempo sagrado é marcado por alguns sinais especiais nas celebrações da Igreja: A cor da liturgia é o roxo - sinal de sobriedade, penitência e conversão; não se canta o Glória nas missas (exceto nas solenidades, quando houve); não se canta o aleluia que, sinal de alegria e júbilo, somente será cantado outra vez na Páscoa da Ressurreição; os cantos da missa devem ter uma melodia simples; não é permitido que se toque nenhum instrumento musical, a não ser para sustentar o canto, em sinal de jejum dos nossos ouvidos, que devem ser mais atentos à Palavra de Deus; não é permitido usar flores nos altares, em sinal de despojamento e penitência (nos casamentos e outras festas as igrejas, devem ser enfeitadas com MUITA sobriedade!); a partir da quinta semana da Quaresma podem-se cobrir de roxo ou branco as imagens, em sinal de jejum dos sentido, sobretudo dos olhos.


O importante é que todas estas práticas nos levem a uma preparação séria e empenhada para o essencial: a Páscoa! As observâncias quaresmais não são atos folclóricos, mas instrumentos para nos fazer crescer no processo de conversão que nos leva ao conhecimento espiritual e ao amor de Cristo. Tenhamos em vista que o ponto alto do caminho quaresmal é a renovação das promessas batismais na Santa Vigília pascal e a celebração da Eucaristia de Páscoa nesta mesma Noite Santa, virada do sábado para o Domingo da Ressurreição.

Santa Missa de Quarta- Feira de Cinzas

No próximo dia 17( quarta-feira) a Santa Missa com a imposição das cinzas será celebrada

às 19:30 na capela Nossa Senhora de Fátima.

Salve Maria !!!

Rezar para recebê-lo

Da Carta a Proba, de Santo Agostinho (354-430), bispo e doutor da Igreja:


Para que serve dispersarmo-nos em todas as direções e procurarmos o que devemos pedir na oração? Digamos antes com o salmo: «Uma só coisa peço ao Senhor, aquilo que procuro é habitar a casa do Senhor todos os dias da minha vida, para saborear a doçura do Senhor e frequentar o Seu templo» (Sl 26,4). De fato, aí «todos os dias» não passam nascendo e desaparecendo, e um não começa quando o outro acaba; eles existem todos juntos, não têm fim, pois a própria vida, da qual são os dias, não tem fim.

Para obtermos esta vida feliz, Aquele que é em pessoa a verdadeira Vida ensinou-nos a rezar. Não com uma série de palavras, como se devêssemos ficar satisfeitos com a nossa conversa; de fato, como o próprio Senhor diz, nós rezamos Àquele que sabe do que necessitamos mesmo antes de Lho pedirmos (Mt 6,8).

Ele sabe do que necessitamos mesmo antes do Lho pedirmos? Então por que nos exorta continuamente à oração? (Lc 18,1) Podemos admirar-nos com isso, mas devemos compreender que Deus nosso Senhor não quer ser informado dos nossos desejos, que não pode ignorar. Mas Ele quer que os nossos desejos sejam excitados pela oração, para que sejamos capazes de acolher aquilo que Ele se dispõe a dar-nos. Pois isso é muito grande, enquanto nós somos pequenos e de capacidade pobre! É por isso que nos dizem: «Abri completamente os vossos corações» (2Cor 6,13). É algo de muito grande: e seremos tanto mais capazes de recebê-lO, com quanto mais fé crermos, com quanto mais segurança esperarmos, com quanto mais ardor desejarmos. É, portanto, na fé, na esperança e no amor, pela continuação do desejo, que rezamos continuamente.

Em panfleto, CNBB chama Lula de "novo Herodes" por plano de direitos humanos

Em São Paulo Herodes, aquele que, segundo a Bíblia, ordenou a "matança dos inocentes", é como a Igreja Católica agora denomina o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em panfleto distribuído em São Paulo contra pontos dos quais discorda no 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado em dezembro pelo governo.


No livro de São Mateus, Herodes ordena o extermínio de todas as crianças menores de dois anos em Belém, na Judeia, para não perder seu trono àquele anunciado como o recém-nascido rei dos judeus, Jesus Cristo. Para a igreja, o "novo Herodes" autorizará o mesmo extermínio anunciando-se a favor da descriminalização do aborto.

No panfleto, intitulado "Presente de Natal do presidente Lula", a Comissão Regional em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), contesta este e outros pontos do já polêmico plano. "Herodes mandou matar algumas dezenas de recém-nascidos (Mt 2,16). Com esse decreto, Lula permitirá o massacre de centenas de milhares ou até de milhões de crianças no seio da mãe!", incita o documento.

Leia aqui a íntegra dos dois panfletos da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBBSegundo Dom José Benedito Simão, presidente da comissão e bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, a Igreja não é contra o plano em sua totalidade, mas considera que quatro deles "agridem" os direitos humanos. Além da questão do aborto, são eles: união civil entre pessoas do mesmo sexo, direito de adoção por casais homoafetivos e a proibição da ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União.

O jurista Ives Gandra Martins afirma que o PNDH-3 é "decreto preparatório para um regime ditatorial". Plano é Arca de Noé que censura a imprensa, diz Gilmar Mendes

"Não é uma campanha contra o projeto, mas alguns pontos em que acreditamos que ele agride e extrapola os direitos humanos e o direito à vida", critica Dom Simão. "O que nós contestamos é a falta de sensibilidade desse decreto, que funciona como um projeto, e não ajuda em nada ao Estado Democrático de Direito em que queremos viver. Não queremos cair em outra ditadura. Esse decreto é arbitrário e antidemocrático", completa.

Segundo Dom Simão, que também é bispo da Diocese de Assis, no interior de São Paulo, a intenção é ampliar a distribuição e divulgação do panfleto em todas as cidades do Estado e também pela internet. "Ele [o plano] não está a favor do Brasil. Agora vem o presidente dizer que não sabia, que assinou sem ler? Como vai assinar se não leu?"

Sobre a questão da retirada dos crucifixos, o bispo defende que não somente os símbolos da Igreja Católica estejam presentes, como também o de outras religiões. "Nós não queremos que retire, queremos é que se coloquem mais símbolos ainda. A igreja sempre defendeu os direitos humanos e vai apoiar o governo em tudo o que for a favor da vida. Mas esse plano tem que ser revisto sim. O governo só reviu a questão dos militares, mas nesses quesitos não está querendo rever. Que princípios o governo quer defender com esse projeto?"

Primeira Missa de 2010 é celebrada em São Luiz do Paraitinga





A imagem de São Luiz de Tolosa, padroeiro de São Luiz do Paraitinga, foi encontrada nos escombros

07 de janeiro de 2010

Foto: Gerson Monteiro/Agência Estado

 Foi celebrada em São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo, a primeira missa desde o dia 1º de janeiro, quando a enchente causada pela chuva provocou destruição na cidade. A celebração aconteceu na frente da Igreja do Rosário, que não foi afetada pelo temporal. A informação é do SPTV.

As chuvas provocaram a cheia no rio Paraitinga, destruindo várias edificações. No total, 30 pessoas estão desabrigadas, outras 2.122 estão desalojadas e uma está desaparecida. A Defesa Civil deu início hoje à limpeza do município e aos trabalhos de avaliação dos imóveis que necessitam ser interditados ou demolidos.

Ave, verdadeiro Corpo nascido de Maria Virgem!

Das Homilias de São João Crisóstomo (345-407), bispo e doutor da Igreja:

Para nos levar a amá-l'O mais ainda, Cristo deu-nos a Sua carne como alimento. Aproximemo-nos então d'Ele com muito amor e fervor. Os magos adoraram-n'O, esse pequeno corpo deitado na manjedoura. Ao verem o Menino, Cristo, numa manjedoura, debaixo de um pobre teto, e não vendo nada do que vós vedes, aproximaram-se d'Ele com grande respeito.

Já não O vereis numa manjedoura, mas no altar. Já não vereis uma mulher que em seus braços O segura, mas o sacerdote que O oferece; e o Espírito de Deus, em toda a Sua generosidade, plana sobre as oferendas. Porém, não só é o mesmo corpo que os magos viram que agora vedes, como para além disso conheceis a Sua força e sabedoria, e nada ignorais do que Ele cumpriu.

Despertemos então, e despertemos em nós o temor a Deus. Tenhamos, pois, muito mais piedade do que esses estrangeiros, para podermos ser dignos de nos aproximarmos do altar.

Essa mesa fortifica-nos a alma, unifica-nos o pensamento, sustenta-nos a certeza, a segurança; é a nossa esperança, a salvação, a vida. Se deixarmos a terra depois deste sacrifício, entraremos com perfeita segurança nos átrios celestes, como se estivéssemos protegidos, por todos os lados, por uma armadura de ouro. Mas por que falar do futuro ? Já aqui neste mundo, o sacramento transforma a terra em céu.

Abri, pois, as portas do céu, e vede o que acabo de dizer. O que há de mais precioso no céu, mostrar-vo-lo-ei na terra. O que vos mostro, não são nem os anjos, nem os arcanjos, nem os céus dos céus, mas Aquele que é o seu Mestre. Vós vedes então de uma certa maneira, na terra, o que há de mais precioso. E não somente O vedes, como O tocais, O comeis. Purificai pois a alma, preparai o espírito para receber estes mistérios.

Santuário Nacional se mobiliza por São Luiz do Paraitinga

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida inicia hoje uma campanha em solidariedade às vítimas das chuvas de São Luiz do Paraitinga (SP).

Serão enviados para a cidade três carregamentos de mantimentos, estando prevista a saída do primeiro às 15h de amanhã (05). Serão arrecadadas cestas básicas, velas, roupas e água potável.

A campanha terá duração de duas semanas. A previsão é que mais dois carregamentos sigam com as doações para São Luiz na segunda-feira dia 11, e no dia 18 de janeiro, ambos às 15h.

Junto com as doações daqueles que se sensibilizarem, o Santuário enviará todas as doações de alimentos que são feitas diariamente pelos romeiros e devotos de Nossa Senhora Aparecida.

“Habitualmente recebemos no Santuário Nacional, doações de devotos da Mãe Aparecida, fruto de promessas e agradecimentos pela intercessão de Maria Santíssima. Esse material, que durante todo o ano repassamos às entidades assistenciais do município, será, nas próximas duas semanas, somado àquele que também doado pelas pessoas da cidade”, explicou padre Darci Nicioli, reitor do Santuário Nacional.

Os interessados podem trazer suas doações ao Santuário e entregá-las na Tribuna Papa Bento XVI (em frente a Basílica), durante todos os dias, até o dia 18 de janeiro, no horário das 8h às 17h.

Está unida ao Santuário na mobilização a Fundação Nossa Senhora Aparecida - Rádio e TV Aparecida.

(Contato: Pe. Edson Carlos Alves Rodrigues – Pároco da Paróquia São Luís de Tolosa – 12 97031605)

Igreja desaba em São Luiz do Paraitinga

Início das Atividades em 2010

No próximo sábado dia 9/01 iniciaremos nossas atividades em 2010 retomando nossos ensaios e estudos sobre o canto gregoriano, quem desejar participar destes eventos e cantar conosco nas Missas poderá entrar em contato pelo e-mail.

Salve Maria !!!

Solenidade da Epifania do Senhor

A Solenidade da Epifania do Senhor é uma das mais importantes do Ano Litúrgico. Popularmente é chamada no Brasil de “Festa de Reis”. Sua data correta é o dia 6, mas aqui no Brasil, por não ser dia santo, celebra-se no Domingo entre o 2 e 8 de janeiro.


 A palavra “epifania” significa “manifestação”. O Cristo que se manifestou aos pastores judeus na Noite Santa de Belém, manifesta-se hoje aos pagãos, representados pelos Magos.

O Senhor veio não só para os judeus, que já estavam próximos de Deus, mas também para os pagãos, que estavam longe, sem Deus e sem a luz da verdade neste mundo. Leia Ef 2,8-22 e Ef 1,3-14. Observe o “nós” (os cristãos que eram judeus) e “vós” (os cristãos que eram pagãos e se converteram ao Deus verdadeiro graças ao Evangelho de Cristo). Em Jesus, como pedra de amarração (pedra angular), os dois braços do arco (judeus e pagãos) se encontram e recebem a salvação (cf. Ef 2,19-22; Rm 10,11-12), pois que o Senhor Jesus é o único Salvador de todos, sejam os vindos do judaísmo sejam os vindos do paganismo.


Por todos estes motivos, os cristãos de origem pagã – é o nosso caso, pois não somos de raça judaica – sempre viram nesta Festa o início de sua vocação: Cristo nos atraiu com a luz da sua estrela; ele se revelou a nós como Luz, “luz para iluminar as nações”! É o que diz a oração inicial da Missa: “Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu!”